'Deveríamos unir as entidades mais relevantes da cidade', afirma diretor do Sindilojas

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: arquivo pessoal

Nascido em Tupanciretã, Everaldo Trilha Camargo, 50 anos, é diretor do Conselho de Formação Empresarial do Sindilojas Região Centro desde 2018. Além disso, ele está envolvido em diversos empreendimentos de sucesso em Santa Maria, como o Mercado Público. Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, Everaldo é casado com a arquivista Rosana Trilha, com quem tem os filhos Thales e Helena. Nesta entrevista, o empresário fala sobre as atividades que desempenha no Sindilojas e dos negócios que tem no Coração do Rio Grande.

Diário - De onde vem o espírito empreendedor?

Everaldo Trilha Camargo - Algumas características são fortes em minha personalidade. Sou inquieto, dedicado, otimista, corajoso e arrojado. Estas características me impulsionaram a ser um empreendedor. Desde criança, sou assim. Nasci em uma fazenda. Tenho ótimas lembranças da infância, dos jogos de futebol, pescarias, festas em família e, principalmente, das orações diárias antes de dormir. Tenho orgulho de sempre ter estudado em escolas estaduais e municipais. Na escola, gostava muito das disciplinas de Matemática e Física, que nem todos gostam. Por isso, escolhi o caminho das ciências exatas.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: arquivo pessoal
Com os filhos Thales e Helena e a mulher, Rosana

Diário - Quais são os ramos em que o senhor atua?

Everaldo - Hoje em dia, além de administrar empresas e de trabalhar na área comercial, atuo como consultor na área de tecnologia da informação (TI). Tenho as empresas ATX Multimídia, no segmento de TI, Gomes e Trilha, na parte de revestimentos e o Mercado Público, um empreendimento no espaço cultural, gastronômico e de eventos.

Diário - Como surgiu a oportunidade de participar da gestão do Sindilojas?

Everaldo - Surgiu a partir das minhas características empreendedoras. Minha premissa é que unidos somos mais fortes. Tenho a convicção que, para fortalecermos o comércio de Santa Maria, deveríamos unir as entidades mais relevantes da cidade, embaixo de um único guarda-chuva administrativo, centralizando aquisições e gestão. Acredito que a atual segmentação deste cenário não é benéfica para ninguém.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: arquivo pessoal
Reunido com os colegas do Sindilojas, Ademir José da Costa (a partir da esq.), Beth Flores e Marli Rigo

Diário - No Conselho de Formação Empresarial do Sindilojas, quais atividades o senhor desempenha?

Everaldo - Entre tantas ações, gostaria de citar um grande projeto, o qual considero um pilar: o combate ao comércio informal. Esta é a ação mais relevante que desenvolvi. Começamos em 2018, unindo várias entidades e mapeando o comércio próximo ao centro. Tivemos como parceiros a prefeitura, a polícia federal, a polícia civil, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Receita Federal, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), entre outras instituições. Tenho buscado também o incremento de serviços relevantes para nossos associados, além de tentar sempre aperfeiçoar o processo organizacional do Sindilojas.

Diário - Qual é a importância de Santa Maria para a sua formação profissional e pessoal?

Everaldo - Em Santa Maria, tenho tudo que preciso para criar meus filhos e evoluir como profissional. Tem boas escolas, ótimas empresas e excelentes universidades. Entretanto, precisamos mais do que isso. Precisamos de uma cidade mais humana, onde as pessoas estejam à frente de tudo. Acredito que ainda estamos necessitando de uma revolução moral, pois a nível tecnológico esta revolução já aconteceu. Faço a seguinte análise: você já imaginou uma cidade na qual exista uma infinidade de espaços públicos das mais diversas formas, todos pensados para os interesses da população que vive no local? Você já pensou em uma cidade na qual demolições de espaços públicos disponibilizem espaços para novos parques, ao invés de complexos de edifícios com interesses unicamente imobiliários e especulativos? E uma cidade na qual construções históricas são tombadas e transformadas em espaços de encontro para a população ao invés de estacionamentos? Já imaginou uma cidade construída para as pessoas e não para os automóveis? Maringá, no Paraná, passou por essa transformação, tornando-se uma das cidades mais seguras e prósperas da Região Sul. Fizeram esse processo unindo todas as entidades, que trabalharam em conjunto por uma cidade melhor.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: arquivo pessoal
Ao lado dos companheiros de gestão do Mercado Público

Diário - No cenário atual, quais são as principais dificuldades de ser empresário?

Everaldo - Vou citar as mais relevantes, ou seja, a alta carga tributária e a formalização de colaboradores, visto que é impossível realizar todas as funções de uma empresa apenas com uma pessoa. Há, ainda, outros desafios.Posso acrescentar aqui a concorrência com o comércio informal e a capacidade de fazer uma boa gestão empresarial.

Diário - Como o Sindilojas contribui para o crescimento de Santa Maria?

Everaldo - Acredito que o nosso presidente Ademir José da Costa está trabalhando para unir as entidades, com objetivo de construir uma cidade melhor. Desta forma, o Sindilojas contribuirá muito para o desenvolvimento local.